André Luiz Parreira (mestrando em ET com dissertação quase pronta), baseando-se na conceituação tradicional de alfabetização (vide Magda Soares), propões um sentido para o termo alfabetização tecnológica: seria a arte de ensinar/aprender os primeiros passos na utilização das tecnologias. Neste sentido elucida uma série de procedimentos necessários aos usuários de um computador, um vídeo-game, um terminal bancário eletrônico ou simplesmente um controle remoto. São saberes indispensáveis para uma iniciaçõa nas NTIC: ligar/desligar, habilidade de manuseio de um "mouse", início de um programa, utilização de um navegador de internet, etc. Observem que a proposição de André parece estar casando com o texto que apresento aí em baixo e associa apropriação a alfabetização (mais individual) e aculturação a letramento (mais social). Temos o que discutir, galera.
Eu concordo com a definição do André:
ResponderExcluirAlfabetização tecnológica refere-se ao ensino dos procedimentos fundamentais para o uso das tecnologias.
Em nosso blog, publicamos um artigo que exemplifica qual o objetivo da alfabetização científica.
Vocês acham que este conceito está certo (?)
Alfabetização científica: objetiva
promover a compreensão das razões de causa e efeito de um fenômeno.
Vejam:
http://letramentocientifico.blogspot.com/
Alfabetização e Cultura Científica: conceitos convergentes?
ResponderExcluirPaulo, coloquei uma questão no blog Letramento. Aguardo sua opinião.
"o cidadão comum não se interessa muito por ciência -veja Bruno Latour - mas se intereressa enormemente por tecnologia"
ResponderExcluir"Toda ação do ser humano é motivada por uma dessas razões: evitar a dor ou obter prazer" -
não sei se esta afirmação é do senso comum ou se tem fundamentação teórica, mas lembrei-me dela quando você citou Bruno Latour.
A ciência, com suas fórmulas e instrumentos estranhos ao cotidiano, não atraem o interesse natural do homem comum.
Já a tecnologia, por meio da fetichização do artefato, reveste-se de símbolo de status e passa a estabelecer códigos visuais identitários.
Mas, que esforço o usuário estará disposto a dedicar à aprendizagem do uso do artefato?
O caso dos telefones celulares é ilustrativo: a oferta de novas funcionalidades a cada novo modelo de aparelho ocorre em paralelo com a proposta de redução das dimensões do mesmo, o que sobrecarrega o usuário de comandos, códigos de acesso, memorização de procedimentos.
Vejam este manual de referência rápida do IPOD:
http://www.apple.com/support/ipodshuffle/reference/
Tentem criar o mesmo para um celular. Aliás, nem tentem. Não há como fazer manuais simples para objetos mal projetados.
Eu adoraria ler um estudo sobre "Manuais de instrução e cultura tecnológica" ;-)
Elegância da simplicidade. A simplicidade no entanto é intrinsecamente sedutora?
São muitas questões envolvidas, mas a que gostaria de levantar para futuras discussões é a influência das questões emocionais no tempo de aprendizagem de determinado objeto ou conteúdo: a questão da sedução como elemento motivador para superar os obstáculos iniciais diante do novo, já que toda tecnologia é artificial. A relação entre custo/benefício/esforço/prazer.
Só por diversão, vejam esta paródia:
O que aconteceria se o design da embalagem do IPOD fosse feito pela Microsoft?
http://www.youtube.com/results?search=microsoft+ipod+packaging+parody&search_type=search_videos&search=Search
Sim, ENGAJAMENTO esta é a palavra-chave da minha pesquisa.
ResponderExcluirO que envolve questões muito interessantes: sedução, estética, conexões emocionais, prazer, motivação.
Suas aulas me ajudaram muito a rever minhas intenções iniciais.
Estou muito atraída pela possiblidade de desenvolver um projeto de pesquisa no tema Educação Tecnológica e/ou Educação Científica.
Antes eu estava focando em Educação simplesmente. Agora tudo está mais claro e estou me apaixonando novamente.
Estou pesquisando muito, ainda de forma ampla.
Ontem recebi o livro O AMOR PELA ARTE.