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terça-feira, maio 02, 2006

Mais sobre alfabetização tecnológica

André Luiz Parreira (mestrando em ET com dissertação quase pronta), baseando-se na conceituação tradicional de alfabetização (vide Magda Soares), propões um sentido para o termo alfabetização tecnológica: seria a arte de ensinar/aprender os primeiros passos na utilização das tecnologias. Neste sentido elucida uma série de procedimentos necessários aos usuários de um computador, um vídeo-game, um terminal bancário eletrônico ou simplesmente um controle remoto. São saberes indispensáveis para uma iniciaçõa nas NTIC: ligar/desligar, habilidade de manuseio de um "mouse", início de um programa, utilização de um navegador de internet, etc. Observem que a proposição de André parece estar casando com o texto que apresento aí em baixo e associa apropriação a alfabetização (mais individual) e aculturação a letramento (mais social). Temos o que discutir, galera.

4 comentários:

  1. Eu concordo com a definição do André:

    Alfabetização tecnológica refere-se ao ensino dos procedimentos fundamentais para o uso das tecnologias.

    Em nosso blog, publicamos um artigo que exemplifica qual o objetivo da alfabetização científica.

    Vocês acham que este conceito está certo (?)

    Alfabetização científica: objetiva
    promover a compreensão das razões de causa e efeito de um fenômeno.

    Vejam:

    http://letramentocientifico.blogspot.com/

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  2. Alfabetização e Cultura Científica: conceitos convergentes?

    Paulo, coloquei uma questão no blog Letramento. Aguardo sua opinião.

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  3. "o cidadão comum não se interessa muito por ciência -veja Bruno Latour - mas se intereressa enormemente por tecnologia"

    "Toda ação do ser humano é motivada por uma dessas razões: evitar a dor ou obter prazer" -
    não sei se esta afirmação é do senso comum ou se tem fundamentação teórica, mas lembrei-me dela quando você citou Bruno Latour.

    A ciência, com suas fórmulas e instrumentos estranhos ao cotidiano, não atraem o interesse natural do homem comum.
    Já a tecnologia, por meio da fetichização do artefato, reveste-se de símbolo de status e passa a estabelecer códigos visuais identitários.

    Mas, que esforço o usuário estará disposto a dedicar à aprendizagem do uso do artefato?
    O caso dos telefones celulares é ilustrativo: a oferta de novas funcionalidades a cada novo modelo de aparelho ocorre em paralelo com a proposta de redução das dimensões do mesmo, o que sobrecarrega o usuário de comandos, códigos de acesso, memorização de procedimentos.

    Vejam este manual de referência rápida do IPOD:

    http://www.apple.com/support/ipodshuffle/reference/

    Tentem criar o mesmo para um celular. Aliás, nem tentem. Não há como fazer manuais simples para objetos mal projetados.
    Eu adoraria ler um estudo sobre "Manuais de instrução e cultura tecnológica" ;-)

    Elegância da simplicidade. A simplicidade no entanto é intrinsecamente sedutora?

    São muitas questões envolvidas, mas a que gostaria de levantar para futuras discussões é a influência das questões emocionais no tempo de aprendizagem de determinado objeto ou conteúdo: a questão da sedução como elemento motivador para superar os obstáculos iniciais diante do novo, já que toda tecnologia é artificial. A relação entre custo/benefício/esforço/prazer.


    Só por diversão, vejam esta paródia:

    O que aconteceria se o design da embalagem do IPOD fosse feito pela Microsoft?

    http://www.youtube.com/results?search=microsoft+ipod+packaging+parody&search_type=search_videos&search=Search

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  4. Sim, ENGAJAMENTO esta é a palavra-chave da minha pesquisa.
    O que envolve questões muito interessantes: sedução, estética, conexões emocionais, prazer, motivação.

    Suas aulas me ajudaram muito a rever minhas intenções iniciais.
    Estou muito atraída pela possiblidade de desenvolver um projeto de pesquisa no tema Educação Tecnológica e/ou Educação Científica.

    Antes eu estava focando em Educação simplesmente. Agora tudo está mais claro e estou me apaixonando novamente.

    Estou pesquisando muito, ainda de forma ampla.

    Ontem recebi o livro O AMOR PELA ARTE.

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