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quarta-feira, outubro 10, 2012

PLÁSTICO EM MARTE?


A nave Curiosity encontra em Marte um pedaço de plástico (?). Leia reportagem em 



Mas acredita-se que seja um pedaço de plástico desgarrado da própria sonda. 

Les scientifiques de la mission MSL ont l'œil : sur une image prise par la caméra Mastcam, avec l'objectif à longue focale, ils ont repéré une petite chose grise (dans le cercle noir, en bas), dont l'agrandissement (en haut) montre qu'elle est très probablement artificielle et donc d'origine humaine...

quinta-feira, setembro 20, 2012

A EDUCAÇÃO PROIBIDA

Que tal uma visita em http://educacionprohibida.com/.

PIRÂMIDES EM MARTE?






Algo estranhamente parecido com uma pirâmide do Egito não é algo que se esperaria na superfície de Marte. Os engenheiros da NASA estão intrigados com a descoberta da Curiosity. A rocha será a primeira a ser examinada pelos braços robóticos da sonda. A equipe de cientistas quer analisar a rocha com um espectrômetro para determinar sua composição química elementar e tirar fotos com grande resolução para análise. 


Espaço TIM UFMG abre exposição sobre ambientes urbanos


Leituras do espaço urbano e suas interações sociais compõem a exposição Filhos de Quem III, que será inaugurada hoje, às 19h, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento. Em sua terceira edição, a mostra é formada por quatro propostas idealizadas em sala de aula por estudantes de diferentes disciplinas dos cursos de Design da Escola de Arquitetura da UFMG.

Segundo a coordenadora do núcleo de expografia do Espaço, Verona Segantini, o tema urbano é o eixo que articula essas vertentes. “As obras fazem referência ao modo como as pessoas vivem na cidade e suas articulações com o mundo contemporâneo. Expressa a relação com tempo e espaço, ou seja, com a forma pela qual nossa sensibilidade é construída nesse ambiente”, explica. As peças foram construídas com materiais próprios da cidade, explorando também os conceitos de “efêmero” e “descartável”.

A seção Senta que lá vem história é resultado de uma disciplina que trabalhou com o verbo “sentar”. Modelos clássicos de cadeiras e bancos de praças públicas foram reproduzidos com madeira, papelão, metal e fibras. “Os trabalhos trazem tanto o espaço arquitetônico quanto o espaço público de convivência. A ideia era que os alunos desenhassem peças que se aproximassem ao máximo de produtos originais construídos no princípio e meados do século XX”, conta a professora Márcia Luiza França, idealizadora do projeto Filhos de Quem.

Esculturas de papelão retratam, em diversos aspectos, o processo evolutivo dos seres humanos. “Os alunos pesquisaram formas e situações relacionadas com a história da existência do homem e suas conquistas tecnológicas, de modo a escolherem, entre as descobertas, algo que pudesse se tornar sensível enquanto objeto escultórico”, relata o professor do Departamento de Tecnologia da Arquitetura e do Urbanismo Fernando José da Silva.

Referências pop
Para esse conjunto, chamado Papelopapeleira, papeluda, despapelada, os autores buscaram referências em filmes, elementos históricos, quadrinhos, instrumentos musicais e até em jogos. Alice no País das Maravilhas, por exemplo, foi escolhido como um dos temas porque remete à criatividade do imaginário infantil. Já a Torre Eiffel faz referência à Exposição Universal francesa, de 1889.

A escadaria do Espaço também é suporte para a mostra e será transformada em uma ladeira de azulejos. “A instalação Lá vem o design subindo a ladeira chama atenção para o design de superfície, que trabalha o aspecto comunicativo da superfície”, conta Márcia. “Nessa vertente, os visitantes vão poder interagir com as peças, brincando com as cores e formatos e montando novas composições”, completa.

A exposição se completa com a seção Deu Lag!. Considerando a forte presença de jogos no mundo contemporâneo, a disciplina Introdução ao Design teve como proposta a produção de jogos feitos em papelão. A interação permite que o público experimente o que é o Design, conhecendo sua história.

Filhos de Quem III ocupará o segundo e no quinto andar do Espaço TIM UFMG do Conhecimento até 8 de outubro. O museu funciona de terça-feira a domingo, de 10h às 17h. Às quintas-feiras, o horário se estende até 21h. A entrada é franca.

Outras informações pelo site do Espaço TIM UFMG do Conhecimento e pelo telefone  (31) 3409-8366.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Espaço Tim UFMG do Conhecimento

terça-feira, agosto 21, 2012

AS TECNOLOGIAS E SEUS USOS


"O celular, hoje, é usado para inúmeras finalidades: como relógio, despertador, rádio, televisão, internet, etc. De vez em quando alguém liga e atrapalha aquilo que você está fazendo" (Átila Iamarino no Seminário de Introdução ao Uso das Redes Sociais na Comunicação Científica, São Paulo, 21/08/2012).


sexta-feira, agosto 03, 2012

Megatendências e o Futuro do Setor de Energia na América Latina



Por Breno Wottrich  (http://www.jornaldaenergia.com.br/)
Há alguns anos, com base em uma tendência global, a Frost & Sullivan iniciou um movimento para alavancar sua ampla estrutura de pesquisa e expertise de analistas e consultores, construindo assim a base de um novo e audacioso programa: “Mega Trends 2020 – Principais megatendências que irão influenciar e direcionar o mundo nos próximos anos”. Esta mobilização internacional chegou à América Latina no final de 2011, culminando no evento GIL – Growth, Innovation, and Leadership – onde diversos executivos dos mais diversos setores participaram de intensos debates sobre tendências e oportunidades na América Latina para as próximas décadas.
Tomando carona no dia de discussões, apresentamos na ocasião o relatório de megatendências do setor de energia para a América Latina. Especialmente quatro perspectivas foram englobadas: Desenvolvimento de InfraestruturaRecursos Naturais,Renováveis, e Tecnologias Inteligentes. Muitos destes temas já foram – e ainda serão – fontes de conteúdo neste blog. Assim me prendo aqui à primeira megatendência: desenvolvimento de infraestrutura em geração de energia e em interconexão energética.
Passando a 141 GW de potência instalada em 2020 e com a necessidade de investimentos de mais de 110 bilhões de dólares em aumento de capacidade de geração no período, o Brasil ainda será o maior celeiro de oportunidades, com a previsão de instalação de 29 GW até o final desta década. O México vem logo atrás, com um crescimento de 23% e agregação de 14 GW ao seu sistema. Os demais países na América Latina totalizam os 19 GW em capacidade adicionada restantes. Ainda que com um potencial muito reduzido se comparado aos dois principais centros de investimentos, merece destaque o Chile, que através de amplas reformas implementadas nas últimas décadas prevê quase dobrar sua capacidade instalada – é esperado um crescimento de 86% sobre seus atuais 13GW.
Embora em momentos institucionais muito divergentes, os países da região ainda centrarão seus esforços em grandes hidrelétricas, usinas termelétricas, e, com políticas agressivas de incentivos, na energia eólica. Especial atenção também será dada a possíveis impactos políticos de decisões em planejamento energético na América Latina. Ainda é incerto se os governos suportarão pressões ambientais e sociais sobre grande reservatórios e geração termelétrica à carvão e combustível nuclear. Também, é cedo para estimar a real sustentabilidade industrial do movimento de energia eólica que muitos países vem adotando. Por fim, o destino contratual de gás natural encontra concorrentes na instabilidade política da região e no próprio Pré-Sal, através da tecnologia gas lift para exploração offshore.
Também ligado a desenvolvimentos em infraestrutura, tendo cada vez mais usinas de geração de base distantes dos grandes centros de consumo, e com o aumento da maturidade do ambiente político na América Latina visando a segurança e complementaridade entre regiões, linhas de transmissão em corrente contínua (HVDC –High Voltage Direct Current) serão uma constante até 2030, movimentando em torno de 15 bilhões de dólares durante 20 anos em uma estimativa conservadora. Neste contexto, hoje já é possível observar, ainda que de forma tímida, o fluxo de elétrons e núcleos institucionais de interconexão entre países (CECACIER, CIER, SIEPAC, e CFE-ERCOT). Também, alguns projetos já começam a sair do papel, como a interconexão Brasil-Uruguai em 500kV.
Em escala regional, certamente será imperativa a liderança ativa do Brasil, por meio da Eletrobras, em acordos estratégicos bilaterais, como estímulo à tecnologia HVDC e ao livre intercâmbio de potência.  Não se esquecendo, claro, que os interesses nacionais, lastreados por regimes políticos instáveis, ocasionam seguidamente a competição entre países para atração de investimentos, bem como levam a uma visão focada em soberania e segurança energética. Contratos bilaterias seguidamente foram rompidos no passado (vide conexão Brasil-Argentina no projeto CIEN). Esse se constitui, então, no principal desafio a ser vencido em relações comerciais de longo prazo na América Latina.

terça-feira, julho 17, 2012

POINCARÉ - O ELO ENTRE EINSTEIN E PICASSO


Henri Poincaré
Henri Poincaré (1854-1912) at work, c 1905. Photograph: Hulton-Deutsch Collection/Corbis
Today, 17 July 2012, is the centenary of the death of the great French polymath Henri Poincaré, once described as the "last of the universalists". His achievements span mathematics (he set the basis for chaos theory), physics (his mathematical methods are still used in studying elementary particles), philosophy (his framework for exploring scientific theories is still controversial) and the psychology of creativity (he studied the workings of the unconscious).
Poincaré also acted as a surprising link between Einstein and Picasso, who were both inspired by his best-selling Science and Hypothesis, published in 1902.
Working as a patent clerk in Bern, Switzerland, Einstein was at the core of a study group, his "think tank", one of whom described how Poincaré's book had "held them spellbound". In it Poincaré moves from an analysis of scientific theories to analysing perceptions to probing thought itself, transporting the reader in crystal-clear prose to the very frontiers of knowledge. As Einstein wrote years later: "Poincaré realised the truth [of the relation of everyday experience to scientific concepts] in his book."
But Einstein found Poincaré's dependence on everyday experience and laboratory data too restricting. In spring 1905, he went one step further. The result was his theory of relativity.
Far from being a stereotypical scientist, Poincaré's thinking was closer to that of an artist. Édouard Toulouse, a psychologist specialising in creativity, interviewed him in 1897 and wrote that Poincaré's thought "was spontaneous, little conscious, more like dreaming than rational, seeming most suited to works of pure imagination".
So it's hardly surprising that Picasso too was inspired by his work. But how did he hear of him? Picasso had a "think tank", of avant-garde literati who kept him up to date on the latest developments in science and technology. One rather unlikely member was Maurice Princet, an insurance actuary with a keen interest in advanced mathematics and philosophy. After bistro dinners he gave impromptu lectures – often on Science and Hypothesis.
Picasso was particularly struck by Poincaré's advice on how to view the fourth dimension, which artists considered another spatial dimension. If you could transport yourself into it, you would see every perspective of a scene at once. But how to project these perspectives on to canvas? Poincaré's suggestion in Science and Hypothesis was to do so one at a time, showing each in succession. Picasso disagreed. He wanted to depict them all at once.
Listening to Princet, Picasso realised that geometry offered the language to express the deep meaning of primitive Iberian art, which he was working on at the time. In Les Demoiselles d'Avignon, he depicts one of the demoiselles simultaneously full face and in profile, two perspectives at once, a projection from the fourth dimension. He had gone beyond Poincaré.
But though Einstein and Picasso transcended Poincaré, his work spurred them towards the proper path by making them think beyond their disciplines.
Einstein met Poincaré in 1911; they disagreed on relativity theory. Picasso never met either and was unaware of Einstein's existence when he created Les Demoiselles d'Avignon, which contained the seeds of Cubism.
So who was Henri Poincaré? Born 29 April 1854, in Nancy, France, he was a precocious child and had a stellar university career, launching into mathematical research of extraordinary originality. In 1889, he received the King Oscar II Prize for research into the stability of the solar system. This led him to create topology and then, in 1904, to the conjecture that the sphere is the simplest shape in three dimensions. Not as trivial as it sounds: it took almost a hundred years before his conjecture was proved by an eccentric Russian mathematician, Grigori Perelman, who then dramatically refused the million dollar prize for solving it. In 1905 Poincaré worked out the mathematical method for exploring how electrons move at velocities close to that of light. This would become essential for framing Einstein's relativity theory in four-dimensional space-time (three spatial dimensions with a fourth dimension – time).
Of medium height, Poincaré was portly and slightly stooped, with a full beard, thick glasses and a legendary air of distraction. His manuscripts, which I discovered in 1976, contain page after page of abstract mathematics and detailed calculations in physics and astronomy, with hardly a line crossed out. In his philosophical works and essays too, a single draft sufficed. He won every scientific prize except the Nobel – for which much lobbying took place on his behalf.
A highly cultured man, he was director of l'Académie Française (the pre-eminent French literary academy), as well as President of l'Académie des Sciences, an extraordinary honour.
He once wrote: "It is only through science and art that civilisation is of value." He straddled two worlds, inspiring both Einstein and Picasso and played a pivotal role in sparking the explosion of creativity in both art and science that set the tenor of the 20th century.

segunda-feira, abril 23, 2012

REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA


A prática genuína da educação inclusiva representa uma oportunidade de melhoria em todo o sistema educacional. A ideia se baseia na premissa de que projetos pedagógicos pautados não só pela aquisição de conteúdos acadêmicos, mas também pela ampliação da empatia e das competências interpessoais, beneficiam todos os estudantes, sejam quais forem suas particularidades. 

(baseado numa fala de Verity Donelly, da Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação para Necessidades Especiais, reportado por Rodrigo Mendes)

quarta-feira, abril 04, 2012

PRIMEIROS PROJETOS DO LACTEA 2012


Uma cortina inteligente, que se fecha à luz excessiva de sol nos ambientes internos (http://grupo5lactea.blogspot.com.br/); 
um abafador de bateria para músicos de apartamento (http://cefetgrupo3.blogspot.com.br/); 
um estudo sobre a aerodinâmica de voo (http://lactea2012.blogspot.com.br/); 
um estudo sobre as possibilidades tecnológicos surgidas em torno do grafeno (http://2012grupo3.blogspot.com.br/).
Estes são alguns dos projetos já em andamento no LACTEA 2012. Visitem os blogs e deem sugestões aos grupos de trabalho.

segunda-feira, março 19, 2012

SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS MEDIDAS



"Se você pode medir e expressar em números o que diz é porque sabe algo sobre este objeto; se você não é capaz de fazê-lo seus conhecimentos são escassos e insuficientes. Pode representar o primeiro passo na investigação, mas é pouco provável crer que seu pensamento avançou até um grau de conhecimentos verdadeiros". 


Lord Kelvin (1824-1907) sobre a importância das medidas na Ciência. Ele fez importantes análises matemáticas na eletricidade e magnetismo, tentando unificar disciplinas emergentes na física em sua forma moderna. Desenvolveu a escala Kelvin de temperatura absoluta (onde o zero absoluto é definido como 0 K).
A frase acima mostra muito do pensamento positivista de crença na física e na matemática. 

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

A MENINA QUE INVENTAVA MOLÉCULAS




A fantástica história da garota de 10 anos que descobriu uma molécula desconhecida ou como atividades lúdicas e divertidas em sala de aula podem estimular a criatividade e o interesse pela ciência.

Sem limites impostos por conhecimentos prévios enraizados, Clara Lazen contou com a criatividade e a sorte para propor o tetranitratoxicarbono, molécula teoricamente possível. A descoberta estimulou os colegas a estudar ciências.

Um dia comum na aula de química. Sobre as mesas, os alunos utilizam pequenas esferas de tamanhos e cores variadas para montar estruturas químicas de moléculas. A pequena Clara Lazen, de 10 anos, constrói uma estrutura pouco usual e pergunta que molécula seria aquela. O professor – talvez um pouco desconcertado, mas muito entusiasmado – admite não saber, sem desconfiar que se tratava de uma molécula completamente nova. 

Isso aconteceu em uma escola do Kansas, nos Estados Unidos. Kenneth Boehr, o professor em questão, procurou a ajuda do amigo, o também químico Robert Zoellner, da Universidade Humboldt, na Califórnia, para identificar a molécula misteriosa. A curiosa descoberta do tetranitratoxicarbono rendeu um artigo publicado em janeiro na revista Computational and Theoretical Chemistry – assinado pelos três personagens. Mais importante: é um exemplo extremo de como atividades lúdicas e divertidas podem despertar o interesse pela ciência.

Veja mais em 

terça-feira, fevereiro 14, 2012

PARADOXO DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA

"... um fato paradoxal da história da ciência é que, ainda que as camadas geológicas que separam o conhecimento da ignorância sejam difíceis de penetrar, e apesar de só os Newtons e Einsteins conseguirem perfurar seus labirintos, o caminho que indicaram é em seguida de acesso livre e gratuito e, ao fim desse complexo túnel, a verdade é simples." 


(ainda Alberto ROJO)

UNIVERSO NA CAIXA DE FÓSFOROS


"Alguns popularizadores inatos (como o genial Richard Feynman) são capazes, à maneira de Borges, de por o universo em uma caixa de fósforos. Suas explicações são tão eficazes que nos deixam a impressão de haver entendido o que em realidade não entendemos. E lemos sobre supercordas e singularidades da física quântica com a mesma enganosa facilidade com que ouvimos a música de Mozart: tão simples para aquele que a escuta de passagem, tão complexa para o especialista."
(mais uma do Alberto ROJO.)

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

H. G. WELLS, EINSTEIN E MINKOWSKI


H. G. Wells escreve Os Argonautas Crônicos em 1888 e A Máquina do Tempo em 1895. Nesses dois romances o escritor antecipa-se à teoria da relatividade e descreve a interdependência entre o tempo e o espaço, teorizados por Einstein em 1905 e Minkowski (professor de Einstein na Universidade de Zurique) em 1908. Minkowski escreve em tom literário em seu artigo "Espaço e Tempo" que "o tempo e o espaço estão condenados a desvanecer-se em meras sombras e só uma espécie de união entre os dois preservará uma realidade independente". H. G. Wells escreve em A máquina do tempo: "Todo corpo real deve ter uma extensão em quatro dimensões: deve ter comprimento, largura, espessura e duração." 

(Fonte:: Alberto Rojo em Borges e a Mecânica Quântica)

terça-feira, janeiro 24, 2012

GERAÇÃO ESPONTÂNEA




No livro 19 da Ilíada de Homero: Thetis, mãe de Aquiles, cobre o cadáver de Patroclo (amigo de Aquiles) para protegê-lo dos vermes e das moscas que "corrompem os corpos dos homens mortos em batalha". Entretanto. porque cobrir o corpo se, segundo Aristóteles, os vermes e as moscas podem surgir diretamente da carne em decomposição? 
Foi a leitura de Homero que motivou a Francesco Redi, médico da corte dos Médici, publicar, em 1668, ataques à doutrina da geração espontânea.


CLONE DE MIM?


"Criamos uma nova pele a cada duas semanas, um fígado a cada ano e meio e nosso esqueleto se renova em uns dez anos. Embora com os neurônios o tema seja controverso, é concebível que ao morrermos sejamos reproduções de nós mesmos na juventude" (Alberto ROJO, Borges e a Mecânica quântica. Editora Unicamp, 2011).

CIÊNCIA E ARTE


"A ciência e a arte, a física e a poesia servem a uma mesma divindade, no sentido de que um dos propósitos fundamentais da poesia é provocar no leitor a fé nas verdades da natureza" (Alberto ROJO, Borges e a Mecânica quântica. Editora Unicamp, 2011).

quinta-feira, janeiro 19, 2012

BORGES E A FÍSICA



"Veja só! Que curioso, pois a única coisa que sei de física aprendi com meu pai, que me ensinou como funciona o barômetro."

Jorge Luis Borges, em conversa com um físico em 9 de julho de 1985, num café em Buenos Aires (Alberto ROJO, Borges e a Mecânica Quântica, Editora Unicamp, 2011).

POESIA E CIÊNCIA


Poesia é ampliação da linguagem:
existe para avançar seus limites
explicar o inexplicável
exprimir o inexprimível
prolongar o alcance das inteligências
abrir janelas do universo extensível
antecipar o avanço das ciências.
Entendemos os amanhãs
lendo a poesia de hoje.

(Urbano Lumière, publicado em http://urbano-lumiere.blogspot.com)

terça-feira, janeiro 10, 2012

AINDA SOBRE A TEORIA DOS HUMORES


O equilíbrio das substâncias constitui-se num dos primeiros procedimentos médicos efetuado por gregos, árabes e brâmanes. Esses primórdios médicos e filosóficos atribuíam a certos sucos ingeridos ou produzidos pelo corpo o poder de provocar emoções. Erasmus Darwin, avô do Charles, aquele da Evolução, tão certo estava da teoria dos humores que inventou uma cadeira giratória a grande velocidade para expulsar dos cérebros deprimidos os maus humores, por centrifugação. 

TEMPERAMENTO



A história da palavra "temperamento" tem conotação biológica, mesmo advindo do tempo em que a biologia não existia como a conhecemos hoje. "Temperamento" vem de "tempero", "temperar". Hipócrates, há 2500 anos, declarava que o funcionamento de um organismo se explicava pela mistura, em proporções variáveis, de quatro grandes humores: sangue, linfa, biles amarela e biles negra, um "temperando" o outro. Essa visão foi tão bem sucedida que impediu o avanço de outras concepções sobre o funcionamento da "máquina" humana. Todo fenômeno estranho, todo sofrimento físico ou mental, se explicava por um desequilíbrio dessas quatro substâncias no organismo humano. E concepções parecidas a essa, dos humores, foi usada também para explicação de fenômenos do mundo físico, como a teoria do calórico para explicar trocas de calor entre corpos diferentes, e mesmo a da corrente elétrica, como fluidos circulando no interior dos fios condutores de eletricidade. Não se trata mais de "temperamento" dos objetos, mas de migração conceitual em função do sucesso da teoria dos humores.

(A partir da leitura de: CYRULNIK, Boris. Os Patinhos Feios, Martins Fontes Editora, São Paulo, 2004).







quinta-feira, janeiro 05, 2012

MUDANÇA DE NOME DO BLOG



Caros leitores e seguidores,
Fizemos uma mudança de endereço do blog que passa a ser http://ecct-analema.blogspot.com. Ele segue na mesma linha anterior, mas passa a ser gerenciado pela ANALEMA CONSULTORIA LTDA, empresa dedicada à Comunicação em Ciência, Tecnologia e Inovação. Aceitamos contribuições de todos os interlocutores e esperamos continuar tendo um grande número de visitações.
Ass. Paulo Cezar Santos Ventura