A sonda Phoenix, que explora o solo de Marte, detectou a formação de neve vinda das nuvens do planeta. Os experimentos também mostraram uma interação no passado entre minerais e água em estado líquido, um processo que ocorre na Terra.
A neve foi detectada por instrumentos que usam laser em nuvens localizadas a cerca de 4 km acima de onde a sonda está instalada. Entretanto, os flocos evaporam antes de chegar ao solo.
Em 18 de setembro, a Folha Online adiantou a descoberta de água líquida em Marte, feita pelo brasileiro Nilton Rennó, também líder de pesquisa da missão da sonda. Para o grupo de Rennó não resta dúvida de que a substância possa ser encontrada no Planeta Vermelho, embora haja outros cientistas que dizem ver apenas "indícios".
Os experimentos realizados na Phoenix também indicam a presença de carbonato de cálcio, elemento presente em esqueletos dos corais e no giz da Terra. Também há indicações de partículas que podem ser argila. "A maioria dos carbonatos na Terra se formam apenas na presença de água líquida", afirma a direção da missão, em nota.
"Nós ainda estamos coletando dados e temos muitas análises pela frente, mas estamos progredindo nas grandes questões que fizemos para nós mesmos", afirma Peter Smith, chefe de pesquisa da Phoenix, no comunicado.
A missão da Phoenix, que começou em 25 de maio e originalmente estava planejada para durar três meses, entrou no quinto mês. Agora, a nave sofre com a queda na energia solar --esse deve ser o motivo para o encerramento dos trabalhos, até o fim do ano.
Até o fim de outubro, não deve haver energia suficiente para o funcionamento do braço robótico da sonda, que faz escavações no planeta. Depois, a Phoenix deve virar "ferro velho" marciano.
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