5 - TRÊS AÇÕES NECESSÁRIAS PARA O PROTAGONISMO JUVENIL
Em meu trabalho na Analema Consultoria tenho conversado muito
com jovens estudantes de Ensino Fundamental e Ensino Médio sobre as carreiras
hoje, evolução das carreiras e, principalmente, como fazer escolhas coerentes e
acertadas. Visito escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio fazendo
palestras e orientando professores e alunos em desenvolvimento de projetos
diversos, em uma área de atuação que denomino de Coaching Educacional.
Claro que, em nosso mundo mutante de hoje, não é mais
possível definir uma carreira com anos de antecedência, como se fazia
antigamente. Isso porque as profissões mudam, as habilidades e competências
necessárias para o exercício de uma profissão mudam com o tempo, de modo que é
difícil prever o que será exigido de determinado profissional nos dias de
amanhã.
Por exemplo, anos atrás um técnico em mecânica deveria
dominar bem o uso de ferramentas da área, como torno mecânico, solda, etc. Hoje
em dia o trabalho desse profissional exige conhecimentos de linguagens de
informática, inglês, etc., uma vez que o trabalho está cada vez mais
automatizado.
Então sempre começo enfatizando três ações absolutamente
necessárias para o protagonismo juvenil, ações estas que ajudam muito a fazer
escolhas adaptadas aos sonhos dos jovens de ter uma carreira produtiva,
provedora de suas necessidades básicas e flexível, como deverão ser as
carreiras de amanhã. São elas:
1. Ter domínio das linguagens de comunicação. Entre essas
linguagens de comunicação destacam-se: domínio de língua portuguesa para
facilidade de redação, leitura e conversação; fluência, no mínimo em nível
básico, em pelo menos uma língua estrangeira (inglês e espanhol encontram-se na
preferência do mercado, no Brasil); facilidade em ferramentas de informática,
afinal a comunicação hoje passa pela internet; e domínio operacional de Matemática,
uma linguagem universal no mundo dos negócios, das Ciências e da Tecnologia.
2. Ter domínio das disciplinas escolares, e
expertise nas de sua preferência. Isso não quer dizer que é preciso ter nota
dez em todas as disciplinas. A importância de um bom currículo escolar é
relativa para muitas profissões. No entanto, criar expertise em algumas delas,
as de sua preferência, é muito bom na hora de fazer escolhas. Pois as escolhas
devem ser feitas naquela área em que somos bons. Então, a pergunta é: eu
sou bom em quê? E é exatamente na escola que começamos a moldar nossas
preferências.
3. Ter domínio do uso de ferramentas e técnicas. Esta terceira
ação é pouco explicitada pelos orientadores vocacionais, uma vez que a
preferência das pessoas sempre recai em carreiras mais acadêmicas e pouco
técnicas. No entanto, uma das coisas mais requeridas em qualquer profissão é a
habilidade em fazer medidas e saber interpretá-las. Mesmo em Ciências Humanas
se faz medidas, como medidas de opinião, de preferência de marcas, etc. e
coloca-se em tabelas, quadros e gráficos os resultados dessas medidas para
análise dos analistas diversos. E consegue melhor avaliar as inúmeras situações
possibilitadas pelo mercado quem sabe fazer medidas e saber compará-las.
Resumindo rapidamente essa primeira abordagem na questão de
jovens e escolha de carreiras, aconselho essas três ações listadas acima, que
ajudam muito na escolha de uma careira entre as muitas possibilidades ofertadas
pelo mercado, mesmo em tempos de crise: domínio de linguagens, tornar-se bom em
algumas atividades, e saber lidar com ferramentas e medidas.
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